Tal como foi referido anteriormente, paralelamente à arte egípcia desenvolveu-se várias outras civilizações na
Mesopotâmia, junto aos rios Eufrates e Tigre, sendo essas civilizações a
Persa, a
Babilónica (Suméria) e a
Assíria. Infelizmente nem todas as informações da cultura e arte dessa civilização conseguiram chegar aos dias de hoje.
Apesar da sua proximidade geográfica com a civilização Egípcia, a cultura da Mesopotâmia era muito diferente. Não havia a mesma noção de
imortalidade e continuidade que caracteriza a arte egípcia, pelo que não havia essa preocupação na
durabilidade tanto das
construções (a maior parte feitas de tijolo cozido) como dos túmulos, que eram mais
modestos e não apresentavam imagens.
A região da Mesopotâmia, devido à sua localização geográfica, apresentava uma
vasta diversidade étnica que se devia às migrações de povos vizinhos. Após vários séculos de guerra pela conquista desse espaço, aparece a civilização
Suméria, que após expulsar os
Gútios, acaba por dominar e prevalecer nesse mesmo espaço. O rei desta civilização,
rei Ur-Nammu, retomou a construção dos templos mais característicos destas civilizações - os
zigurates.
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Zigurate do rei Ur-Nammu |
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Ilustração do Zigurate (da sua possível aparência) |
Porém, mais tarde, novas invasões dos povos semitas destroem Ur. Hamurabi, e o
rei da Babilónia retoma o poder sobre toda a extensão da Mesopotâmia.
Mais tarde, os
Assírios - civilização dotada de um exército equipado e disciplinado -
retomam o domínio da região. Inspirados na
arte suméria,
reinterpretam a arte dessa civilização, edificando palácios, templos e zigurates de grandes dimensões. Nesta civilização, o
artista era visto como propagandista do estado, sendo obrigado a aceitar as restrições impostas pelo seu governo. Porém, novamente ao contrário da arte egípcia,
a arte assíria exalta o poder e a autoridade como valores. Um exemplo desta arte é a cidade de
Nínive (capital desta nação) onde foi engrandecida com a construção de megalómanos palácios, templos e com obras como os
Jardins suspensos da Babilónia e a
Torre de Babel. Outro dos vestígios marcantes da arte assíria é porta da cidade, a porta de
Ishtar.
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Porta de Ishtar |
O império
Persa acaba por dominar a Mesopotâmia, estendendo-se do Mediterrâneo até à Índia,
foi o maior dos impérios, chegando mesmo a ultrapassar os egípcios em termos de dimensões. A arte persa adquire então uma
nova função fornecida pela sua grandiosidade -
transmitir o poder e a grandeza da sua civilização. É em
Persépolis que observamos o esplendor desta arte, sendo o seu palácio uma
sucessão de estilos e técnicas construtivas provenientes dos impérios que absorveram, resultando assim num espaço arquitectónico de riqueza incomensurável.
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Palácio de Persépolis |
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