A Arte Egeia

 Entre os séculos XXVI e XI a.C., na zona das ilhas do mar Egeu, desenvolveram-se várias culturas que futuramente dariam origem à civilização Grega.
 A primeira civilização que se desenvolveu nesta zona habitou as ilhas Cíclades - cultura Cicládica (entre 2600 e 1100 a.C.). Unidos por um traço artístico semelhante, foram uma das raízes da civilização helénica. A arte deste povo foca-se principalmente na escultura (de ídolos cicládicos), sendo esta caracterizada pelo traço simples das estátuas, sendo esquemáticas e estéreis. Estas estátuas eram uma novidade no mundo artístico, visto que ganharam um sentido totalmente novo face às anteriormente produzidas.

Esculturas Cicládica
 Seguidamente surgiu uma nova civilização (a 2500 a.C.) na ilha de Creta - eram estes os cretences ou minóicos. Devido a ataques de outras civilizações, esta desenvolveu uma grande frota marítima de defesa. Porém esta civilização acaba por desaparecer, como consequência de sismos fortes e invasões periódicas, em 1400 a.C.. Apesar da sua perda, deixaram uma vasta gama artística: cerâmicas pintadas, pinturas de frescos, e no que toca à arquitectura deixaram fabulosos palácios (semelhantes aos mesopotâmicos) com várias funções como religiosa, política, económica e residencial.

Pintura Minóica
 Já a nível formal eram construídas colunas troncocónicas, pórticos, escadarias e pátios, utilizavam jogos luminosos por todo o palácio, com cores quentes (como vermelho-terra). A maior liberdade deste povo evidencia-se pela perda de rigidez na representação das figuras - oposto das representações egípcias - e evidenciaram-se também pela introdução da mulher nas actividades religiosos e outras. 
 A cerca de 16000/1400 a.C., surgiu uma nova civilização que destronou a minóica - os micénicos, povo que nasceu do povo invasor que derrotou Creta: os Aqueus. Desenvolvendo-se na área continental da Grécia (Trácia), a sua arte foi a continuação da minóica. A Porta dos Leões e as colunas de suporte (troncocónicas) são as maiores evidencias desta continuidade artística.

A Porta dos Leões
 Porém, contrariamente aos minóicos, esta era uma civilização mais aguerrida, resultando assim a construção de muralhas feitas de gigantes blocos de pedra. Os micénicos desenvolveram também uma estrutura arquitectónica de grande influência para a arquitectura vindoura: o Mégaron. Caracteriza-se pela existência de três espaços: o protyron (pórtico de entrada), o prodomus (antecâmara de acesso ao domus) e o domus (sala com uma lareira central envolta em quatro colunas - estando orientado por um eixo norte-sul).

Mégaron
 A civilização micénica também se distinguiu pela sua arte fúnebre, que consistia em grandes túmulos funerários com uma variedade de obras de arte como máscaras, vasos, jóias, armas e ourivesaria.

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